Centre Pompidou – Beaubourg!
O Centre Pompidou nasceu em 1977, sendo o seu principal impulsionador o Presidente Francês Georges Pompidou que, com a sua esposa, era um profundo conhecedor e amante das Artes, tendo-se baseado também no pensamento do escritor André Malraux, antigo Ministro da Cultura do General De Gaulle.
Da responsabilidade do arquitecto italiano Renzo Piano e do arquitecto britânico Richard Rogers, o edifício ficou situado no espaço do outrora célebre Mercado de Les Halles e as suas linhas arrojadas, com os seus célebres tubos, foram de imediato um sinal do espaço que ali iria nascer, já que o acervo do Musée National d’Art Moderne seria transferido para este novo espaço, assim como iria ter uma Biblioteca dedicada ao universo da informação, que se encontra aberta diariamente e se revela um espaço onde se pode circular sem constrangimentos.
Mas no Centre Pompidou também temos um espaço dedicado à música e ao multimédia, com salas onde se respira o belo sabor da liberdade e onde todas as tendências artísticas contemporâneas convivem de forma plena em perfeita conjugação, assim como o cinema.
Por outro lado, ao entrarmos no Centre Pompidou, do lado direito temos uma excelente livraria, que nos deixa de imediato com água na boca e a contar os tostões. Recordamos até que no primeiro dia em que subimos a escada, nesse ano de 2004, e deparámos com uma obra do Roy Lichenstein, nunca mais deixámos de lá ir sempre que passamos por terras de França e mesmo com uma dessas greves em que os franceses são férteis, que nos impedia de ir a Paris, já que estávamos nos arredores, tal não nos impossibilitou de ir ver a exposição de Abbas Kiarostami / Victor Erice.
E se desejar ver a vida a passar, porque como sabemos ela é breve e de prazo desconhecido, vá até ao café situado no primeiro andar e fique a ver tranquilamente o respirar do pulmão do Centre Pompidou e não se esqueça que na Praça onde se encontra o Centro pode visitar o Atelier Brancusi, dedicado ao escultor romeno Constantin Brancusi, um local que nos possibilita observar como era o Estúdio do artista, sem darmos pela passagem do tempo.
Em 1977, quando o Centro Pompidou abriu, a entrada para as exposições era gratuita e o acesso aos diversos pisos fazia-se pelo exterior, pelas escadas rolantes para impedir a concentração de pessoas na entrada principal e no topo do edifício podia o visitante viajar por Paris, fruto da vista panorâmica da cidade que lhe era proporcionada. Mas os tempos começaram a mudar nos anos oitenta, como sabemos, já que o célebre liberalismo não é uma moda recente e assim as entradas passaram a ser pagas e no último piso do edifício, com a célebre vista panorâmica, temos um dos mais famosos restaurantes de Paris, que não se destina a todas as bolsas.
Nota: Na película "O Divórcio" / "Le Divorce" realizado por James Ivory, a Kate Hudson vai almoçar com o seu "amor" precisamente neste belo restaurante.
Paula Nunes Lima
Rui Luís Lima
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