"No Pussyfooting"
E.G. Records
1973
Robert Fripp – electric guitar, acoustic guitar.
Brian Eno – synthesizer, keyboards, treatments.
1 – The Heavenly Music Corporation – 20:52
2 – Swastika Girls – 18:58
3 – The Heavenly Music Corporation (Reversed) – 20:52
4 – The Heavenly Music Corporation (Half Speed) – 41:49
5 – Swastika Girl (Reversed)
Brian Eno & Robert Fripp
Quando, em 1973, o guitarrista dos King Crimson Robert Fripp e Brian Eno, que na época tinha lançado o brilhante “Here Come The Warm Jets”, juntaram esforços e criaram o álbum “No Pussyfooting”, muitos ficaram surpreendidos por estarem perante uma música até então desconhecida.
O álbum que é composto apenas por duas faixas, ”The Heavenly Music Corporation” no lado 1 e “Swastka Girls” no lado 2, do antigo vinil, oferece uma viagem por territórios até então nunca explorados.
Brian Eno & Robert Fripp
(nos dias de hoje!)
Tudo nasceu no famoso Estúdio de Brian Eno, onde a manipulação dos sons através das guitarras e sintetizadores, criados de forma intensa e envolvente, com diversos loops a serem trabalhados na mesa de gravação, origina o sistema que Robert Fripp irá intensificar anos mais tarde denominando-o de Fripptronics e que irá dar origem a esse fabuloso trabalho a solo do guitarrista, intitulado “Let The Power Fall”, surgindo um dos temas desse álbum mítico na banda sonora da película “Subway Riders” / “Viajantes da Noite” de Amos Poe. Que se estreou entre nós no cinema Quarteto.
Muitos anos depois, o som denominado Fripptronics pelo guitarrista irá dar lugar ao famoso Soundscapes, nascido no álbum “1999”, “Soundscapes” esses que serão desenvolvidos ao longo de diversos trabalhos discográficos, por Robert Fripp.
As sonoridades surgidas em “No Pussyfooting” reflectem estruturas melódicas e discordantes invadindo o espaço, ao mesmo tempo que os solos vão surgindo devidamente integrados.
Em 2008 surgiu no mercado um duplo cd, com uma nova versão, contendo o disco original de 1973 e assistindo-se a diversas manipulações do mesmo na mesa de gravação, sendo possível escutar os dois temas em sentido inverso, ou seja do final para o início, ao mesmo tempo que nos é oferecida uma espécie de nova versão de “The Heavenly Music Corporation” a “meia-velocidade”, aumentando a sua duração para o dobro, criando desta forma novas sonoridades, que alteram de forma profunda a estrutura musical.
“No Pussyfooting” de Fripp & Eno permanece uma das experiências mais inovadoras de sempre, levadas a cabo por estes dois músicos de excelência, revelando um vanguardismo que supera a passagem do tempo, permanecendo um verdadeiro trabalho de culto.
Rui Luís Lima
Fripp & Eno
"The Heavenly Music Corporation I"
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