quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Bill Connors -"Swimming With a Hole in My Body"


Bill Connors
"Swimming With a Hole in My Body"
ECM Records
1980

Bill Connors – guitar.

1 – Feet First – 6:09
2 – Wade – 3:24
3 – Sing And Swim – 4:35
4 – Frog Stroke – 5:08
5 – Surrender To The Water – 10:45
6 – Survive – 2:05
7 – With Strings Attached – 2:47
8 – Breath – 7.28

Bill Connors iniciou os estudos de guitarra aos 14 anos, o que demonstra bem que quando se quer aprender música nem sempre é tarde, tendo nos três anos seguintes estudado de forma exaustiva, ao mesmo tempo que se sentia fascinado pelos blues e o jazz.

Em 1972 parte para San Francisco, para se juntar ao grupo do pianista australiano Mike Nock. Já os anos de 1973/74 irão registar o seu enorme sucesso no grupo de jazz-rock “Return to Forever”, liderado pelo pianista Chick Corea, recordam-se do álbum “Hymn of the Seventh Galaxy”?

Return To Forever
Stanley Clarke, Lenny White, Chick Corea, Bill Connors.

No entanto a paixão que Bill Connors começou a sentir pela guitarra acústica irá contribuir para o seu abandono dos “Return to Forever”, que segundo palavras suas possuíam cada vez mais um som próximo da célebre “Mahavishnu Orchestra” liderada pelo guitarrista John McLaughlin, que fazia furor nessa época, como alguns devem estar bem recordados.

As sonoridades da guitarra acústica satisfaziam mais Bill Connors, tendo-se o músico apaixonado, decididamente, pela guitarra clássica, ao mesmo tempo que o visionário produtor alemão Manfred Eicher da editora ECM Records, o convida para gravar na etiqueta, nascendo assim o seu primeiro trabalho a solo “Theme to the Guardian” de 1974, onde a guitarra acústica e eléctrica convivem em perfeita harmonia.

Bill Connors

Já o seu segundo álbum para a editora ECM intitulado “Of Mist and Melting” de 1977, em que surge como líder, oferece-nos um quarteto de luxo constituído pelo próprio Bill Connors, Jan Garbarek nos saxofones, Gary Peacock no contrabaixo e Jack DeJohnette na bateria.

Quando em 1979 Bill Connors gravou, em solo absoluto e acústico, o álbum “Swimming in a Hole in My Body”, percebeu-se decididamente o significado do termo jazz de câmara atribuído por alguns críticos musicais ao som produzido pela ECM Records, porque aqui temos Bill Connors a utilizar as guitarras gerindo os diversos “overdubs” de forma verdadeiramente mágica, oferecendo-nos composições repletas de um intimismo cativante, que convidam o ouvinte a seguir atentamente os oito temas que compõem “Swimming in a Hole in My Body”, um álbum que respira uma diversidade de composições que terminam por conjugar de forma plena a genialidade do guitarrista.

Bill Connors

“Swimming in a Hole in My Body” de Bill Connors revela-se como o maior e mais belo contributo oferecido pelo músico à sonoridade da guitarra acústica, que aqui respira por todas as cordas.

Gravado em Novembro de 1974 no Arne Bendiksen Studio, Oslo, por Jan Erik Kongshaug. Capa de Frieder Grindler. Produzido por Manfred Eicher.

Todos os temas foram compostos por Bill Connors, excepto o tema 5 da autoria de Glenn Cronkhite.

Rui Luís Lima

2 comentários:

  1. O guitarrista Bill Connors oferece-nos em "Swimming With a Hole in My Body" um maravilhoso álbum acústico em solo absoluto demonstrando a sua genialidade em oito belos temas.

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