"A Biblioteca à Noite"
Páginas: 304
Tinta da China
Alberto Manguel
"La Bibliotèque, la nuit"
Páginas: 335
Actes Sud
Tenho por hábito viajar pela minha biblioteca, relendo muitos dos livros adquiridos ao longo de uma vida, mas quando decidi revisitar, através do livro de Alberto Manguel, o universo dos livros, com o belo e inesquecível "La Biblioteque, la nuit", descobri que estava perante um desses livros que deve constar sempre na Biblioteca de cada um de nós.
Nesta bela viagem, onde muitas vezes o humor é bem elucidativo devido aos tempos presentes que vivemos, terminamos por descobrir nomes como Callinaque de Cyrène, esse grego que viveu de 310 a 240 A.C., que foi o inventor da classificação dos livros por ordem alfabética, algo que alguns de nós possuímos nas nossas casas, o que já não é o meu caso, devido à falta de espaço, mas que no seu trabalho apaixonante na Biblioteca de Alexandria dedicou-se, a partir de 270 A.C., a fazer um inventário crítico dos livros ali existentes, dividindo-os em epopeia, poesia lírica, tragédia, comédia, filosofia, medicina, retórica, direito, ao mesmo tempo que escrevia notas bibliográficas sobre os seus autores.
Alberto Manguel
Depois de lermos este livro de Alberto Manguel, terminamos por olhar de forma diferente a nossa Biblioteca e os nossos livros, certamente com mais amor e um maior desejo de posse pelo livro em papel.
Nota: Este livro de Albert Manguel foi editado em Portugal dez anos depois da edição francesa ou seja em 2016 pela editora Tinta da China, com o título "A Biblioteca à Noite" (tradução de Rita Simões), sendo sempre de saudar o seu aparecimento nas nossas livrarias, entretanto o escritor veio viver para o nosso país e escreve com regularidade no semanário "Expresso".
Rui Luís Lima
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