quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Marcel Proust - “Confissões de uma Jovem Rapariga”


Marcel Proust
“Confissões de uma Jovem Rapariga”
Páginas: 64
Estrofes & Versos

Alguns leitores deste século XXI encontram desculpas bem curiosas para não lerem certos livros ou escritores. E se Marcel Proust é vitima das suas frases longas, em que como escreveu um dia Umberto Eco a pontuação talvez merecesse uma revisão do editor do século XXI, servindo isso de desculpa para o leitor fugir dele a “sete pés”, convido-o a ler este bem divertido “Confissões de uma Jovem Rapariga” (1894) e também o conto “Violante ou a Mundanidade” (1893), que mais tarde irão ser incluídos no seu livro “Os Prazeres e Os Dias”, para assim o leitor estreante se “abalançar” a mergulhar num dos mais fascinantes escritores do século xx!

Marcel Proust
(1871 - 1922)

Mas, se o leitor me vier com a desculpa de que o peso do livro em papel, que até é “coisa” tão difícil de transportar nos dias de hoje, informo-o das medidas deste livrinho Proustiano, 101 x 150 mm (não é gralha é mesmo mm) que, para além de não pesar, tem espaço de certeza na sua bagagem.

Como última observação, gostaria de referir que esta edição de “Confissões de uma Jovem Rapariga” possui ainda excelentes notas, que situam os dois textos e surgem como convidativos aos estreantes, nestas mundanidades, a lerem o grande escritor francês:

«As pessoas do mundo são de tal forma medíocres que Violante apenas teve de condescender em se misturar com elas para ofuscá-las quase todas. Os senhores mais inacessíveis, os mais selvagens, procuraram a sua companhia e cortejaram-na. Violante tinha unicamente espirito, gosto, e um modo que suscitava a ideia de todas as perfeições.»

Marcel Proust, sempre na vanguarda da Literatura, merece a sua visita, nesta época em que as mundanidades ocuparam o espeço das ideologias e governam o universo…

Rui Luís Lima

1 comentário:

  1. Marcel Proust - (1871 - 1922)
    Classificação: 5 estrelas (*****)
    Dois contos do jentão jovem Marcel Proust que se revelam duas pérolas literárias.

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