Nana Vasconcelos
“Saudades”
ECM 1147
ECM Records
1979
Nana Vasconcelos – berimbau, percussion, voice, gongs.
Egberto Gismonti – super 8 string guitar
Membros da Radio Symphony Orchestra, Stuttgart, dirigidos por Mladen Gutesha.
1 – O Berimbau – 18:55
2 – Vozes (Saudades) – 3:12
3 – Ondas (Na óhlos de Petronila) – 7:52
4 – Cego Aderaldo – 10:31
5 – Dado – 3:36
Nana Vasconcelos
Após a chegada de Nana Vasconcelos à editora ECM Records, através do álbum de Egberto Gismonti, “Dança das Cabeças”, o produtor Manfred Eicher criou um dos trios mais inovadores do universo multi-étnico intitulado simplesmente Codona, um nome nascido das primeiras letras do nome dos seus membros: Colin Walcott, Don Cherry e Nana Vasconcelos. Depois encontrámos Nana Vasconcelos, o maior percussionista da música popular brasileira, em gravações com o Pat Metheny Group, o Jan Garbarek Group, Arild Andersen, Pierre Favre e na companhia do seu compatriota Egberto Gismonti, todos eles magníficos. Mas o que nos interessa aqui é o seu incontornável trabalho discográfico em nome próprio, intitulado “Saudades”.
Egberto Gismonti & Nana Vasconcelos
O primeiro tema do álbum “Saudades”, denominado “Berimbau”, em que Nana Vasconcelos toca este famoso instrumento bem brasileiro de forma única, revela-se o tema preponderante do lado A do álbum de vinil, já que o iremos encontrar a navegar na companhia da Radio Symphony Orchestra de Stutgart, dirigida por Mladen Gutesha, sendo a respectiva orquestração assinada por Egberto Gismonti, que por outro lado iremos encontrar no conhecido tema “Cego Aderaldo” no lado B do álbum, que abre com o tema “Ondas (Na óhios de Petronila)” em que Nana Vasconcelos utiliza também a voz e o corpo como instrumento musical, de forma verdadeiramente inesquecível.
Nana Vasconcelos
(1944 - 2016)
Nunca como aqui Nana Vasconcelos foi o “dono e senhor” do Estúdio de gravação, com a cumplicidade de Manfred Eicher e Egberto Gismonti, nesse mês de Março de 1979, algo de que irá dispôr novamente quando o produtor alemão os convidar para gravarem o trabalho “Duas Vozes”, seis anos depois da feitura deste genial “Saudades”, em que Nana Vasconcelos toca berimbau, percussão e gongs, usando também a voz e o corpo como instrumento.
Gravado em Março de 1979 no Tonstudio Bauer, Ludwigsburg por Martin Wieland. Fotografias de Roberto Masotti. Design da capa da responsabilidade de Horst Moser. Produção de Manfred Eicher. Todos os temas são da autoria de Nana Vasconcelos excepto o tema 4 composto por Egberto Gismonti. Os arranjos orquestrais são da autoria de Egberto Gismonti.
Rui Luís Lima
Nana Vasconcelos - (1944 - 2016)
ResponderEliminarClassificação: 5 estrelas (*****)
Um álbum único que nos revela a arte do maior percursionista brasileiro.