O Coiso - Semanário de Maior Penetração no País
Director: Ruy Lemos
Director Comercial: Álvaro Belo Marques
Chefe de Redacção: Mário-Henrique Leiria
Nº.1 - 7 de Março de 1975
Nº11 (último número) - 16 de Maio de 1975
Periocidade: Semanário (Editorial República) - à sexta-feira.
Preço: 5$00 (cinco escudos)
Ano: 1975
O humor consoante o alvo que atinge é sempre contemplado com uma Farpa, que o diga o Eça e o Ramalho Ortigão, e nas véspera do 11 de Março de 1975 um grupo de amigos decidiu, com a cumplicidade da direcção do jornal República, lançar "O Coiso - Semanário de Maior Penetração no País" e alguns desses amigos eram Álvaro Belo Marques, Ruy Lemos, Mário-Henrique Leiria, Artur Couto e Santos, José António Pinheiro, Carlos Barradas, Carlos Brito, Fred e mais uns quantos que decidiram agitar as águas da Imprensa em Portugal.
Mas mal sai "O Coiso" quatro dias depois dá-se "a coisa". Anos mais tarde no "Café dos Filósofos" o Tapioca até afirmou num desses dias de boa disposição que o John Carpenter e "The Thing" já andavam por lá e depois deu-se "o Caso República" e "O Coiso" foi decididamente condenado à extinção, não havia lugar para o humor no "Verão Quente de 1975".
Mário-Henrique Leiria
(1923 - 1980)
Em Novembro de 1976 saíram mais dois números de "O Coiso", mas como refere Artur Couto e Santos "a chama já se tinha apagado". Vamos então "à leitura dos títulos" da primeira página do número um de "O Coiso" confesso que nunca percebi o critério deles mas o que interessa aqui é recordar o humor de "O Coiso - Semanário de Maior Penetração no País" no ano de 1975:
- Colaborando ao apelo do Governo: Povo colabora na campanha para poupar energia.
- Legalizado com duas assinaturas (imagem do Director e Chefe de Redacção de "O Coiso" no "Plano Humorístico de Emergência").
- Ocupadas as instalações de um jornal (o próprio "Coiso").
- Proibidos todos os jogos na Primeira Divisão: ver notícia em «últimas»
Nos dias de hoje o humor de que Bordalo Pinheiro foi um dos expoentes, assim como muitos dos jornais existentes durante a Primeira República de que "O Coiso" foi um herdeiro, encontra-se quase extinto, apesar de termos ainda o "Inimigo Público", que iniciou a sua activiade nas páginas do jornal "Público", passando posteriormente a surgir no semanário "Expresso". Este post apenas pretende recprdar a memória do humor que existiu na imprensa em Portugal.
Rui Luís Lima
O humor fez parte durante décadas da Imprensa surgida em Portugal, basta recordar os tempos da Primeira República para termos uma ideia de como ele funcionava tanto nos textos que se escreviam como nas caricaturas que surgiam nos jornais. Recordo-me ainda de jornais como "Os Ridiculos" e a revista "Gaiola Aberta", mas como todos sabemos o humor por vezes incomoda e foi precisamente o que sucedeu com o jornal "O Coiso" que não resistiu aos tempos que então se vivia.
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