domingo, 20 de outubro de 2024

O Coiso - Semanário de Maior Penetração no País


O Coiso - Semanário de Maior Penetração no País
Director: Ruy Lemos
Director Comercial: Álvaro Belo Marques
Chefe de Redacção: Mário-Henrique Leiria
Nº.1 - 7 de Março de 1975
Nº11 (último número) - 16 de Maio de 1975
Periocidade: Semanário (Editorial República) - à sexta-feira.
Preço: 5$00 (cinco escudos)
Ano: 1975

O humor consoante o alvo que atinge é sempre contemplado com uma Farpa, que o diga o Eça e o Ramalho Ortigão, e nas véspera do 11 de Março de 1975 um grupo de amigos decidiu, com a cumplicidade da direcção do jornal República, lançar "O Coiso - Semanário de Maior Penetração no País" e alguns desses amigos eram Álvaro Belo Marques, Ruy Lemos, Mário-Henrique Leiria, Artur Couto e Santos, José António Pinheiro, Carlos Barradas, Carlos Brito, Fred e mais uns quantos que decidiram agitar as águas da Imprensa em Portugal.

Mas mal sai "O Coiso" quatro dias depois dá-se "a coisa". Anos mais tarde no "Café dos Filósofos" o Tapioca até afirmou num desses dias de boa disposição que o John Carpenter e "The Thing" já andavam por lá e depois deu-se "o Caso República" e "O Coiso" foi decididamente condenado à extinção, não havia lugar para o humor no "Verão Quente de 1975".

Mário-Henrique Leiria
(1923 - 1980)

Em Novembro de 1976 saíram mais dois números de "O Coiso", mas como refere Artur Couto e Santos "a chama já se tinha apagado". Vamos então "à leitura dos títulos" da primeira página do número um de "O Coiso" confesso que nunca percebi o critério deles mas o que interessa aqui é recordar o humor de "O Coiso - Semanário de Maior Penetração no País" no ano de 1975:

- Colaborando ao apelo do Governo: Povo colabora na campanha para poupar energia.

- Legalizado com duas assinaturas (imagem do Director e Chefe de Redacção de "O Coiso" no "Plano Humorístico de Emergência").

- Ocupadas as instalações de um jornal (o próprio "Coiso").

- Proibidos todos os jogos na Primeira Divisão: ver notícia em «últimas»

Nos dias de hoje o humor de que Bordalo Pinheiro foi um dos expoentes, assim como muitos dos jornais existentes durante a Primeira República de que "O Coiso" foi um herdeiro, encontra-se quase extinto, apesar de termos ainda o "Inimigo Público", que iniciou a sua activiade nas páginas do jornal "Público", passando posteriormente a surgir no semanário "Expresso". Este post apenas pretende recprdar a memória do humor que existiu na imprensa em Portugal.

Rui Luís Lima

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