terça-feira, 29 de outubro de 2024

Patricia Highsmith - “Levemente, Levemente ao Vento” / / “Slowly, Slowly in the Wind”


Patricia Highsmith
“Levemente, Levemente ao Vento” / / “Slowly, Slowly in the Wind”
Páginas: 222
Distri

Pertenço a essa categoria de leitores que adoram ler contos e assim me tornei admirador de escritores tão distintos como Francis Scott Fitzgerald, Jorge Luís Borges, Ernest Hemingway, Raymond Carver, John Cheever, Erskine Caldwell, Lawrence Durrell com as aventuras de Antropus, Georges Simenon e Maigret, Agatha Christie e Poirot e Patricia Highsmith. Certamente esqueci-me de muitos outros e se voltasse a esta crónica noutro dia, a lista de nomes iria certamente crescer, mas o que me interessa aqui é esse jogo cinéfilo dos tais filmes que levaria para a tal ilha deserta, mas passando a usar contos em vez de filmes e colocando a questão: se só te deixassem levar para a ilha apenas um conto, qual seria ele?


A resposta, que inicialmente poderia parecer complexa, termina por ser muito simples: Patricia Highsmith e “O Homem Que Escrevia Livros na Cabeça” / “The Man Who Wrote Books in His Head”, que foi publicado pela primeira vez em 1973 na “New Review” e surgiria a abrir este livro de contos intitulado “Levemente, Levemente ao Vento” / “Slowly, Slowly in the Wind”, publicado entre nós pela Distri em 1984. Todos os contos incluídos neste volume viram a luz do dia durante a década de 70, século XX, em diversas publicações dedicadas às famosas “short-stories”, mas este conto ficou para sempre na minha memória e como gosto de partilhar os meus pequenos prazeres, deixo-vos o convite para perderem dez minutos do vosso precioso tempo e lerem este conto genial de Patricia Highsmith.

«E. Taylor Cheever escrevia livros na cabeça, nunca no papel. À data da sua morte, com sessenta e dois anos, escrevera catorze romances e criara cento e vinte e sete personagens, das quais se recordava distintamente.»

Assim começa o mais belo e fascinante conto que li em toda a minha vida e quantos de nós já não escrevemos contos, novelas e romances na cabeça, quando sonhamos, acordados ou a dormir.

Rui Luís Lima

1 comentário:

  1. Patricia Highsmith ao longo da sua vida literária publicou centenas de conto virão a surgir reunidos em diversos livros, muitas vezes de forma temática, mas o conto que abre o livro "Levemente, Levemente ao Vento" intitulado "“O Homem Que Escrevia Livros na Cabeça” / “The Man Who Wrote Books in His Head" é o mais belo conto nascido da genialidade desta escritora norte-americana.

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