sábado, 7 de setembro de 2024

As Cores da BD!


As Cores da BD!

Muitas vezes me perguntam, nessas conversas em que os livros são tema, qual foi o livro que marcou a minha infância? E inicialmente começo a pensar no Robinson Crusoe, nos livros do Jules Verne, mas depois penso que na infância o que lia era a "Revista Tintin", o "Spirou", o "Jornal do Cuto", "O Jacto", quatro revistas que publicavam as célebres histórias em continuação, ou seja só tínhamos duas pranchas por semana, de cada aventura e por vezes só uma página, como sucedeu com “A Armadilha Diabólica” do Blake & Mortimer nas páginas do Tintin, mas que nos davam um enorme prazer e que só era ultrapassado quando chegava ao fim e voltávamos a ler as habituais 44 páginas de uma “enfiada”.


Depois, havia o "Falcão" e o "Mundo de Aventuras", o "Condor" e o "Ciclone" que foram os meus verdadeiros livros de leitura da primeira classe, lidos e relidos vezes sem conta, assim como o célebre "Quadradinhos", suplemento de banda desenhada que saía com o jornal “A Capital”.

Nessa época da minha infância havia um especial carinho pela banda desenhada, os jornais publicavam páginas dos clássicos norte-americanos, os Peanuts saíam no "Diário de Lisboa", e havia até os "Fanzines" e as edições francesas do "Tintin", "Spirou", "Pilote" e "Charlie", que iam aparecendo nesta ocidental praia Lusitana na livraria Bertrand no Chiado, na última sala da loja.


Fixava os nomes dos autores e quando um herói mudava de desenhador ou argumentista tenho que confessar a minha tristeza. Depois adorava ler artigos sobre os criadores dos meus heróis, havia também uns entusiastas a escrever por aí sobre BD, como o José de Matos Cruz, o Roussado Pinto e o Vasco Granja que aumentavam o meu entusiasmo pela 9ª Arte e ainda tínhamos a secção de correspondência nas diversas revistas e alguns concursos.

Mas a razão desta crónica era qual o título do livro que marcou a minha infância?

O meu livro da primeira classe, intitulado “Banda Desenhada”, também conhecido como a 9ª Arte!

Rui Luís Lima

3 comentários:

  1. A banda desenhada e as suas revistas fascinaram gerações, mas nos dias de hoje as revistas encontram-se desaparecidas.

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  2. Um dos meus poderia ser as «Lições de História Pátria» (3.ª classe), com BD do Eugénio Silva.
    Abraço

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