Lana Turner - (1921 - 1990)
Lana Turner, essa loura que tantos corações fez bater nos anos quarenta, do século xx, nasceu na cidade de Wallace, no Idaho e foi descoberta para o Cinema quando trabalhava numa drugstore. Em Hollywood fez o percurso habitual de uma jovem aspirante a estrela de cinema e rapidamente começou a dar nas vistas e quando a vimos em “O Médico e o Monstro” / “Dr. Jekyll and Mr. Hyde” percebemos como ela ficava bem a fazer o papel de ingénua, depois foi a perdição, essa perdição figurada nas suas famosas pernas na película “O Carteiro Toca Sempre Duas Vezes” , numa das sequências mais sensuais de toda a Sétima Arte e que marcaram decididamente o seu estatuto de Star e quando nos dias de hoje alguém fala dela, muitos se recordam de “Imitação da Vida” / “Imitation of Life”, em que a sua própria vida se confundia com a da personagem que víamos no écran, mas será sempre esse célebre plano sequência das suas pernas que vem de imediato à memória do cinéfilo e talvez por isso mesmo o poeta Frank O’Hara escreveu um belo poema incluído no seu livro “Vinte e Cinco Poemas à Hora de Almoço”, dedicado à bela e inesquecível Lana Turner!
Rui Luís Lima
Lana Turner
(1921 - 1990)
Poema
Lana Turner desmaiou!
Eu deambulava e de repente
começou a chover e a nevar
e tu disseste que caía granizo
mas o granizo acerta na cabeça
com força por isso estava a nevar
e a chover e eu tinha tanta pressa
ía ao teu encontro mas o tráfego
comportava-se exactamente como o céu
e subitamente li um cabeçalho
LANA TURNER DESMAIOU!
não há neve em Hollywood
não há chuva na Califórnia
eu estive numa data de festas
e portei-me de forma desgraçada
mas nunca tive um desmaio
oh Lana Turner amamos-te levanta-te!
Frank O’Hara
in “Vinte e Cinco Poemas à Hora de Almoço”
Lana Turner - (1921 - 1995) foi uma das mais importantes estrelas de cinema do denominado cinema clássico norte-americano. O poeta Frank O'Hara dedicou-lhe até um dos seus mais famosos poemas.
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