“História de Gangsters” / “Miller’s Crossing”
(EUA – 1990) – (115 min./Cor)
Gabriel Byrne, Albert Finney, Marcia Gay Harden, John Turturro, John Polito.
Este fabuloso filme intitulado “Miller’s Crossing”, o nome do local onde os gangsters se livram das pessoas incómodas, que ali chegam vivas e depois desaparecem e que deu origem a uma das mais famosas sequências da filmografia dos irmãos Coen, teve em Portugal o título de “Histórias de Gangsters”, o que também não está mal, porque é disso mesmo que trata a película, embora para o cinéfilo, o filme seja sempre conhecido por “Miller’s Crossing”.
Estamos em 1990 e os irmãos Coen partem para a sua terceira longa-metragem, numa bela homenagem ao denominado “Film Noir”, onde logo no primeiro plano sequência do filme, deparamos com um olhar mordaz de citação, ao famoso “The Godfather” / “O Padrinho” de Francis Ford Coppola. Depois iremos entrar pela porta grande do universo de um gangster irlandês, chamado Leo (Albert Finney), que irá entrar em guerra com outro rival do ofício chamado Johnny Caspar (Joe Polito), controlando o primeiro a polícia e no meio deles circula o par fatal: o homem de mão de Leo, o carismático Tom Reagan (Gabriel Byrne), que mantêm uma relação amorosa com a mulher do patrão, a sensual e perigosa Verna (Marcia Gay Harden), que por sua vez tem um irmão que sendo o contabilista do bando irá fazer a famosa golpada.
Estamos assim perante um enredo que se irá tornar muito mais complexo à medida que os acontecimentos se vão sucedendo, sempre filmados com uma fotografia genial e movimentos de câmara que ficaram célebres no cinema, incluindo esse momento mágico em que Tom Reagan (Gabriel Byrne) aponta a pistola à cabeça de Bernie (John Turturro) e dispara e apenas vemos o seu chapéu a rolar pelo bosque fora…
“História de Gangsters” / “Miller’s Crossing” conta-nos a história de Tom Reagan (fabulosa interpretação de Gabriel Byrne), que entre dois fogos: a desconfiança do patrão e da amante, mas querendo manter ambos perto de si, tenta sobreviver às intempéries que se irão abater sobre ele.
“Miller’s Crossing”, apesar da pouca visibilidade que possui, infelizmente, revela-se como o irmão gémeo de “Fargo”, já que um e outro filme, são a cara e a coroa da mesma moeda: a genialidade dos irmãos Coen!
PS – E foi aqui que todos começamos a fixar o nome de Carter Burwell, o genial compositor das bandas sonoras dos filmes dos irmãos Coen!
Rui Luís Lima
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