Mike Newell
“A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata” /
“The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society”
(Grã-Bretanha/França/EUA – 2018) – (124 min./Cor)
Lily James, Michiel Hulsman, Matthew Goode,
Jessica Brown Findlay, Tom Courtenay, Penelope Wilton.
Estamos perante um belo filme assinado pelo experiente Mike Newell que, ao longo de décadas na realização, tem mantido uma consistência nas obras por si assinadas, sejam pequena ou grandes produções, fazendo que mereça que se fale dele como o cineasta Mike Newell!
“A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata” oferece-nos um elenco composto por diversas caras bem conhecidas da famosa série “Downton Abbey”, como Lily James, Jessica Brown Findlay, que aqui provam o seu talento, enquanto Matthew Goode e Penelope Wilton, actores de gerações bem diferente, mas cujo talento é enorme, são iguais a si próprios ou seja excelentes!
Chegamos assim à história deste filme fabuloso, tenho de confessar que adorei este filme de Mike Newell e vou procurar comprar o dvd, porque ele é a prenda perfeita para se dar a quem goste de livros e de cinema. Mas dizia eu que esta Sociedade Literária, nasce de forma espontânea durante a ocupação alemã da ilha de Guernsey durante a Segunda Grande Guerra (convém recordar que os alemães, depois da rendição da França, acharam que a Inglaterra de Churchil seria uma pêra doce e uma das suas acções foi precisamente ocuparem militarmente as ilhas que se encontram no Canal da Mancha). Nas vésperas dessa ocupação militar, os ingleses ainda conseguiram evacuar todas as crianças, ficando os adultos e dias depois entravam triunfantes as forças germânicas.
O que se passou então conduz-nos a um olhar sobre diversas histórias que se entrecruzam, entre os famosos membros da “Sociedade Literária da Tarte da Casca da Batata”, mas essas mesmas histórias, de que ninguém pretende falar após o final da guerra, irão despertar o interesse de uma jovem escritora e do seu editor, quando ela troca correspondência com um criador de porcos, membro da Sociedade Literária.
A forma como Mike Newell nos oferece os diversos “flashback”, que vão levantando o véu dos acontecimentos recentes, recordo que estamos em 1946, assim como a perfeita reconstituição de época, em que o cinema britânico é pródigo, oferece-nos um desses filmes que desejamos guardar para sempre na nossa memória e depois temos os livros, ah os livros! Esses companheiros que nunca irão trair o leitor desde que sejam bem escolhidos.
Rui Luís Lima
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