sexta-feira, 11 de outubro de 2024

James Dean - (1931 - 1955) - O Eterno Rebelde!


James Dean - O Eterno Rebelde!

A vida de James Dean foi bastante atribulada. A sua mãe morreu quando ele tinha nove anos, originando a ida de Jimmy para casa de um tio. O futuro herói da juventude acabou por entrar na universidade, da qual fugiu pouco tempo depois, para se transformar em marinheiro, quebrador de gelo e grumete num iate, até que por fim chega à Broadway. Aí representa “See the Jaguar” e “O Imoralista”, o que se traduziu no passaporte para Hollywood e a participação em “A Leste do Paraíso” / “East of Eden” (baseado no best-seller de John Steinbeck), dirigido pelo seu amigo Elia Kazan, já que ambos se conheciam do teatro onde o cineasta dirigiu algumas das suas peças.

No ano seguinte – 1956 – foi a vez de Nicolas Ray o lançar em “Fúria de Viver” / “Rebel Without a Cause”, colocando-o ao lado de outros jovens actores como Natalie Wood, Sal Mineo e Dennis Hooper. Este foi, sem dúvida alguma, o filme pelo qual é mais vezes recordado, sendo ao mesmo tempo aquele em que a juventude, seja qual for a sua geração, se reconhece no écran, através da revolta contra a instituição familiar, a amizade dos grupos e o amor da rapariga desejada.

"A Leste do Paraíso"

Quando toma conhecimento que George Stevens vai realizar “O Gigante”/”The Giant”, dirige-se a ele e pede-lhe, desta forma, o papel: “… é um papel para mim, senhor Stevens!” e o cineasta percebeu de imedato que tinha descoberto p actor certo para contracenar com Elizabeth Taylor e Rock Hudson.

James Byron Dean foi o primeiro herói rebelde a surgir no écran, quebrando as normas sociais vigentes, usando blue-jeans, t-shirts, ao mesmo tempo que o seu corte de cabelo se revelava um desafio ao sistema então vigente.

Ele conseguiu alcançar tudo o que pretendia, excepto o amor de Pier Angeli, que terminou por se casar com Vic Damone, apesar da ruidosa manifestação de James Dean, na sua mota, junto à igreja, onde se realizava a sua perdição, ou seja o casamento de Pier Angeli para grande escândalo dos presentes.

"Fúria de Viver"

Terminadas as filmagens de “O Gigante”, Jimmy parte, de noite, no seu Porsche para Salinas, a fim de participar numa corrida, ele era fan das velocidades, mas também míope e muitas vezes conduzia sem óculos, mas o seu destino acabou por ser um encontro com a morte, ou antes a Eternidade: living fast and dying young!

A Industria de Hollywood vivia os últimos dias do “star-system” e a tentação de prolongar a imagem de James Dean fracassou, pois nem Marlon Brando em “Wild One” de Lazslo Benedek, nem Warren Beatty em “Esplendor na Relva”, de Elia Kazan, conseguiram ocupar o lugar de eterno rebelde, que a juventude de todo o mundo e mais concretamente a norte-americana reconhecia pertencer ao eterno James Dean

"O Gigante"

O grito de uma espectadora na estreia de “O Gigante”, ficou célebre na história do cinema: “volta Jimmy, amo-te, estamos à tua espera!”, o qual viria a servir de mote a Robert Altman para o seu maravilhoso filme “Volta Jimmy Dean, Volta Para Nós!”.

Ao longo dos anos muitas histórias se criaram acerca da possibilidade de o ídolo estar vivo, escondido algures, em virtude de as marcas do acidente serem bem visíveis no seu rosto, mas o jovem rebelde não regressou do seu território, tal como sucederia mais tarde com esse outro rebelde chamado Jim Morrison.

James Dean
(1931 - 1955)

Um dado pouco conhecido é que James Dean nunca viu no écran os filmes em que foi protagonista, já que todos eles se estrearam após a sua morte. Muitos anos depois, já num outro século, James Byron Dean permanece o Eterno Rebelde, para todos aqueles cuja memória não foi trucidada pelo conformismo e a celebridade desses famosos 15 minutos de fama!

James Dean deixou-nos a 30 de Setembro de 1955.

Rui Luís Lima

1 comentário:

  1. James Dean possui uma curta filmografia pois viveu depressa e morreu demasiado cedo, mas as interpretações que nos deixou em três filmes figuram como um belo exemplo desse icon de rebeldia de que ele foi o expoente e após a sua morte trágica tornou-se um símbolo de gerações de adolescentes. Curiosamente James Dean morreu sem nunca ter visto os seus três filmes projectados no grande écran de cinema, mas tornou-se imortal na história do cinema!

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