sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Mike Oldfield - "Tubular Bells"


Mike Oldfield
"Tubular Bells"
Virgin Records
1973

Mike Oldfield – grand piano, glockenspiel, organ, bass guitar, electric guitar, electronics, guitar, percussion, acoustic guitar, flageolet, piano, tubular bells, timpani, vocals.
Lindsay Cooper – double-bass.
Tom Newman – acoustic guitar.
Steve Broughton – drums.
Mundy Ellis – chorus.
Sally Oldfield – chorus
Viv Stanshall – Master of Ceremonies

1 – Tubular Bells (part one) – 25:00
2 – Tubular Bells (part two) – 23:50


Mike Oldfield, quando gravou o imortal álbum “Tubular Bells” em 1973, tinha apenas 19 anos, mas antes disso suceder formara um duo de música folk com a irmã Sally Oldfield (que irá participar em alguns dos seus futuros trabalhos ao mesmo tempo que se irá lançar numa carreira a solo, com o famoso álbum de estreia “Waterbearer”), mas será com o trabalho “Shooting at the Moon” que Mike Oldfield irá dar nas vistas, convém desde já referir que neste álbum tocam com ele Kevin Ayers, Robert Wyatt, Mick Fincher, Lol Coxhill e David Bedford, que irá manter também uma colaboração musical com o guitarrista.

E “Shooting at the Moon” irá terminar por ser a ante-câmara que irá conduzir Mike Oldfield até à criação de Tubular Bells, tocando quase a totalidade dos instrumentos que se podem escutar neste álbum, que viria a fazer história no interior da Música durante a década de setenta do século passado. Mas ao contrário do que se possa pensar, foi bastante árduo e espinhoso o caminho de Mike Oldfield, para chegar ao sucesso.

Mike Oldfield

“Tubular Bells” foi gravado nos Estúdios de Oxforshire de Richard Branson, com um magnifico trabalho de produção da responsabilidade de Tom Newman e Simon Heyworth, que perceberam de imediato que se encontravam perante algo que iria revolucionar a música rock,

Após a conclusão da gravação, tanto Mike Oldfield como Richard Branson partiram em busca de uma editora que lançasse “Tubular Bells” no mercado discográfico, mas todas elas recusaram editá-lo, não percebendo que se encontravam perante um diamante com texturas até então nunca escutadas, onde os instrumentos de cordas e as teclas criavam uma simbiose única no panorama musical da época. E será então que Richard Branson, cansado de tantas respostas negativas, decide criar a sua própria editora discográfica, baptizando-a com o nome “Virgin”, que se tornaria famoso em todo o mundo pelas mais variadas razões, ao mesmo tempo que “Tubular Bells” se tornava o álbum de estreia da editora, ostentando uma das mais belas capas de sempre da indústria discográfica.


É assim que um álbum de estreia de um músico desconhecido, que escolheu o período nocturno do Estúdio para gravar “Tubular Bells”, irá surpreender o mundo com sonoridades até então nunca escutadas, onde o rock e a folk mais tradicional andam de mãos dadas, criando paisagens “pastorais”, como sucede na abertura da segunda parte de “Tubuar Bells” e onde se respira o então pouco conhecido minimalismo no lado 1 do álbum que foi, aliás, gravado numa semana, ao contrário do que sucedeu com o lado 2, que levou um período de tempo muito mais longo a ser concluído, mas que se saldou com 16 milhões de exemplares vendidos.

Ao escutarmos nos dias de hoje “Tubular Bells” de Mike Oldfield continuamos a sentir na pele, com a mesma intensidade, esses maravilhosos acordes de piano que abrem o álbum e que levaram o cineasta William Friedkin a usá-los como banda sonora do filme “O Exorcista”. Muita água correu sobre as pontes do universo musical de Mike Oldfield ao longo dos anos, tendo levado o músico a criar duas novas versões intituladas “Tubular Bells II” e “Tubular Bells III”, mas será sempre o magnifico “Tubular Bells” surgido em 1973 que continuará na memória de todos aqueles que o descobriram nessa época.

Rui Luís Lima

"Tubular Bells - Part One"
Mike Oldfield

Sem comentários:

Enviar um comentário